
Thomas Baker
Thomas Charles Richmond Baker (Smithfield, 2 de Maio de 1897 – Ath, 4 de Novembro de 1918) foi um aviador australiano e ás da aviação durante a Primeira Guerra Mundial. Nascido em Smithfield, no sul da Austrália, na sua juventude foi atleta e desenvolveu interesse pela aviação. Mais tarde, foi contratado como escriturário pelo Banco de Nova Gales do Sul, antes de se alistar na Primeira Força Imperial Australiana em Julho de 1915, para prestar serviço na Primeira Guerra Mundial. Colocado numa unidade de artilharia na Frente Ocidental, foi condecorado com a Medalha Militar por realizar inúmeras reparações em linhas de comunicação que haviam ficado danificadas por fogo inimigo. Em Junho de 1917, Baker recebeu uma barra na sua condecoração por ter ajudado a extinguir um incêndio num poço de armamento e artilharia, que estava sob ameaça de explodir com 300 cartuchos explosivos e de fragmentação. Em Setembro de 1917, Baker submeteu um pedido para se tornar mecânico no Australian Flying Corps (AFC). Em vez disso, foi seleccionado para receber instrução de voo e foi enviado para o Reino Unido para ser instruído. Em Março de 1918, graduou-se como piloto e promovido a segundo tenente. Colocado em França em Junho, Baker juntou-se ao Esquadrão N.º 4 do Australian Flying Corps. Durante os quatro meses seguintes, ele subiu até à patente de capitão e contabilizou 12 vitórias aéreas contra os alemães. No dia 4 de Novembro de 1918 foi abatido durante um combate aéreo, no qual faleceu. Em Fevereiro de 1919 foi condecorado postumamente com a Cruz de Voo Distinto.Primeira Força Imperial Australiana
No dia 29 de Julho de 1915, Baker alistou-se na Primeira Força Imperial Australiana para prestar serviço na Primeira Guerra Mundial. Foi colocado como reforço na 6ª Brigada de Artilharia com o posto de gunner, e embarcou em Melbourne a bordo do HMAT Persic no dia 22 de Novembro em direcção ao Egipto.[3][5] À chegada, Baker foi colocado noutra unidade, a 16ª Bateria, antes de chegar a França e iniciar o cumprimento do seu serviço na Frente Ocidental.[3] Depois de desembarcar em França, no dia 1 de Julho de 1916,[4] Baker foi de imediato enviado para a ofensiva do Somme.[3]
No dia 11 de Dezembro de 1916, Baker estava envolvido numa batalha, juntamente com a sua unidade, perto de Gueudecourt. Durante esta acção, ele foi nomeado para servir como telefonista com as equipas de observação da frente, equipas estas cuja missão era a de registar quando, onde, e o quão eficazes tinham sido os disparos de artilharia dos aliados. A sua posição durante esta altura situava-se na linha da frente australiana, uma posição que estava constantemente a ser observada pelos atiradores especiais alemães. Tentando manter as comunicações activas, Baker aventurou-se por quatro vezes durante esta batalha, em cada uma delas sob fogo da artilharia alemã, e reparou as linhas telefónicas em trinta sítios diferentes. Como consequência, a 16.ª Bateria foi capaz de alinhar a sua artilharia e destruir a trincheira da linha da frente dos alemães. Reconhecido pela sua coragem e pelo seu bom serviço e devoção à missão, Baker foi condecorado com a Medalha Militar.[3][6] A atribuição desta condecoração foi publicada no London Gazette, no dia 19 de Fevereiro de 1917.[7]
Em 1917, a 16ª Bateria foi transferida para o sector de Messines, na linha da frente da Bélgica.[8] No dia 16 de Março, Baker deu entrada num hospital, apresentando estar doente; seis dias depois, voltou ao serviço.[9] Durante a tarde de 21 de Junho, a posição da unidade foi alvo de um forte bombardeamento de artilharia, resultando na ordem para todos os homens evacuarem e procurarem abrigo. Como consequência do bombardeamento, a camuflagem que cobria um poço de armazenamento de munições e armamento pegou fogo, pondo em perigo centenas de munições e peças de armamento. O sargento mais graduado da bateria chamou imediatamente os homens para o ajudarem a apagar as chamas; Baker e três outros deram-se como voluntários. Apesar de o bombardeamento continuar, os quatro homens foram buscar água num poço que se situava ali perto, arriscando a sua vida pessoal. A camuflagem acabou por arder por completo, vários sacos de areia pegaram fogo e algumas munições arrebentaram. Como resultado das acções heróicas, os três homens que se voluntariaram com Baker foram propostos para receberam a Medalha Militar, e Baker uma barra à medalha que já possuía.[8][10] A recomendação destas condecorações foi publicado no London Gazette no dia 21 de Agosto de 1917.[11]